Pacífico durante sua concentração, o ato simbólico que celebra um ano da revogação do aumento da tarifa dos transportes em São Paulo já registra ocorrências violentas. Um cinegrafista foi atacado com cones de sinalização e perseguido por manifestantes - alguns com máscaras - e pelo menos duas agências bancárias tiveram os vidros quebrados. Os dois incidentes aconteceram na Avenida Rebouças, interditada nos dois sentidos na altura da Avenida Faria Lima. A via está ocupada desde as 17h desta quinta-feira (19).
Segundo estimativas da Polícia Militar, o protesto reúne entre 1.500 pessoas; já o Movimento Passe Livre defende a presença de cerca de 6 mil pessoas. Os manifestantes, concentrados até as 16h na Avenida Paulista, na altura da Praça do Ciclista, seguem em caminhada até a Marginal Pinheiros, onde devem acontecer atividades culturais como apresentações de dança, música e espetáculos teatrais.
Alguns dos protestantes encapuzados como a "tropa do nhoque" fazem críticas à ação policial nos protestos de rua. Catracas alegóricas são erguidas por alguns manifestantes -- na página do Facebook em que o evento foi marcado, uma mensagem antecipava que "(vai ter) muita catraca pegando fogo, já que junho é o mês de pular fogueira!"
Batizada de "Não Vai Ter Tarifa - Ato na Copa do Mundo pela Tarifa Zero", a manifestação é a primeira de grande projeção do grupo na capital paulista desde o dia 26 de outubro do ano passado, quando o Movimento Passe Livre organizou a Semana Nacional de Luta pelo Transporte Público, com protestos concomitantes em outras 12 cidades brasileiras. O protesto desta quinta deverá ocorrer também em outras cidades do País.
*Fonte;Ig